Essa semana o Brasil foi sacudido com as imagens de uma agressão covarde sofrida por três rapazes que passavam tranquilamente por uma das avenidas mais movimentadas da cidade de de São Paulo, levadas à cabo por um grupo de delinquentes que vinha na mesma calçada em sentido contrário.
As imagens da agressão foram amplamente veiculadas e exploradas ao máximo por alguns canais de TV. A Rede Globo aproveitou o gancho, e também levou ao ar no Fantástico, alguns flashes de reportagens abordando um tema aparentemente desconhecido e obscuro do grande público no Brasil, mas familiar para os moradores do Sul - a xenofobia.
Tema de cunho complexo, faço uma abordagem crua do mesmo naquele que considero minha melhor e mais completa obra, de mesmo nome. Em meu livro, eu piso fundo e mostro até onde pode chegar o ódio levado ao extremo, bem como suas consequências.
As pessoas podem ficar comovidas, revoltadas, condenar, inocentar, mas o problema vai continuar do mesmo tamanho se efetivamente nada for feito. O problema é sério e precisa ser muito bem estudado para se conseguir chegar a algum resultado e a providência que precisa ser tomada urgentemente neste momento, é darmos uma marcha ré na história e começarmos tudo de novo.
Este problema que estamos assistindo, é apenas a ponta de um iceberg gigantesco, e que envolve toda uma gama de comportamentos em todas as áreas da sociedade, e que convergem todos para um ponto em comum - a educação.
Já foi o tempo em que os professores eram uma casta respeitada e valorizada. Hoje os tempos mudaram e o professor nada mais é, do que alguém que além de passar conhecimentos, está na sala de aula para ouvir desaforos de crianças, jovens e adultos, que já saem de casa carregando suas neurores e prontas a explodir pelo motivo mais fútil.
Ser professor hoje em dia é sinônimo de dor de cabeça (literal). O exercício da profissão acarreta males como a enxaqueca, estresse, medo, pânico, pavor, e mais um monte de doenças de fundo psicossomáticos, isto para citar apenas algumas das doenças que os acometem no seu dia a dia, sem contar aqueles que são literalmente agredidos e vão parar em hospitais, delegacias, e tantos outros que por motivos óbvios, são obrigados a largar a profissão. A verdade é que parecemos que regredimos à idade das cavernas onde tudo se resolvia na base da porrada, ou mesmo voltamos ao velho oeste americano onde pequenas e grandes divergências eram resolvidas na bala.
A verdade nua e crua é que se queremos debelar o problema, temos que fazer um trabalho de base, e que começa ainda na infância, no seio da família.
É bem verdade que o mundo moderno absorve praticamente todo nosso tempo e nossas crianças têm sua educação relegada a segundo plano e crescem nas mãos de babás, em creches e aí é que mora o perigo. Temos ainda o agravante de a educação não ser mais a mesma. Aquele tempo em que o filho respeitava e sabia exatamente o que o pai queria só com um olhar, já se perdeu no tempo. Hoje a educação é baseada na liberdade total, e a falta de freio, aliada a uma era moderna demais, onde é proibido proibir, e uma gama de informações de todos os naipes invadem nossos lares por todos os meios possíveis, principalmente a TV e a internet, estamos à mercê de uma geração que se mostra cada dia mais agressiva.
Hora de repensarmos nossos conceitos e ver o que realmente queremos para os nossos filhos.
Vc devia ter se aprofundado mais no tema e deixado para falar de educação em outro post. O post nao se aprofundou em nenhum dos dois assuntos abordados(educação e xenofobia).
ResponderExcluirbjins,