Gastei esse carnaval com um grupo de amigos em um lugar que eu amo e que me traz recordações maravilhosas: Itaoca – município de Itapemirim (a irmã da minha ex-namorada tinha uma casa de praia lá e aquele era um lugar mágico que frequentávamos amiúde). Dadas as suas devidas peculiaridades, foram dias maravilhosos ate porque, fui com um grupo de amigos e o tempo foi de pura alegria, exceto por um fato que aconteceu e que me deixou pra lá de aborrecido e triste.
Como não poderia deixar de ser, entre uma cerveja e outra, curtimos muito rock’n’roll, papeamos e fomos pescar, aí começou o pesadelo. Assim que chegamos na praia, me deparei com uma cena que me deixou profundamente consternado (pena que não tinha levado minha máquina mas gostaria muito de ter registrado o que vi para mostrar a gravidade do que vou falar agora).
Bom, a impressão que eu tive quando vi aquela infinidade de filhotes de peixes de todos os tamanhos e espécies mortos na areia, sendo devorado pelos abutres, era que os pescadores da região, além de não terem nenhum tipo de conhecimento ou cuidado com o meio ambiente, também não têm noção de que estão acabando com seu próprio meio de sobrevivência.
Eu não posso precisar a quantidade (eram muitos milhares) mas era possível ter sei lá, algumas centenas ou talvez, milhares de quilos de peixes, todos literalmente assassinados). Os imbecis que puxaram a rede, o fizeram sem o cuidado de usar uma malha maior e mataram uma quantidade infindável de filhotes de peixes. Conversando com alguns banhistas que passavam, obtive a informação de alguns habitués nas caminhadas, de que isso é uma coisa que acontece amiúde, ou seja, todos os dias os pescadores cometem o mesmo crime e a mesma agressão contra o meio ambiente. A pergunta que não quer calar é: “onde está a fiscalização?” Não existe um cuidado por parte dos órgãos competentes, no caso prefeituras com suas secretarias do meio ambiente, dando suporte para que calamidades como essa não se repitam? Eu daria uma sugestão para que as prefeituras locais (no caso Itapemirim e Piúma), ministrassem cursos de esclarecimentos e ensinasse os pescadores locais a não matar a galinha dos ovos de ouro pois os filhotes de peixes mortos hoje, serão o alimento de seus filhos amanhã.
O que eu vi ali foi um assassinato em massa, uma agressão sem precedentes ao meio ambiente que cedo ou tarde, irá revidar, e o revide da natureza é sempre letal portanto, estou aqui fazendo um apelo aos homens que dirigem nossas cidades, que passem a se preocupar mais com a questão educacional (e de tabela o meio ambiente) pois aquele era um caso de educação mesmo, literalmente. Adoraria ver os criminosos pagando pesadas multas e sendo remanejados de suas funções, além de prestar serviços à comunidade como por exemplo: limpar todos os filhotes dos peixes mortos e distribuí-los às comunidades carentes. Quem sabe assim eles pensariam duas vezes antes de cometer de novo o crime que vem cometendo já a algum tempo... Com a palavra o poder público.
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