Hoje eu quero falar sobre um cara pra quem eu tiro o chapéu, um cara que de uma certa maneira, representa a cara do povo, um cara que apesar de não ser um político, representa o povo. O personagem a que estou me referindo não está ou esteve em campanha política portanto, não precisa de votos. Tampouco está preocupado em aumentar as vendagens de seus discos até porque, suas vendas sempre estiveram muito bem obrigado, ou mesmo tem algum interesse em aparecer porque disso ele também não precisa já que está constantemente na mídia. Estou me referindo a Zeca Pagodinho.
Bom, alguém poderia me questionar: mas Rubão você não gosta de pagode... Desde que eu me entendo por gente, você é a cara do rock'n'roll. Está traindo o movimento? Eu digo que não até porque, como músico, eu tenho que escutar um pouco de tudo e em alguns casos, até mesmo tocar alguma coisa que às vezes nem gosto. Mas esse tudo claro, não é na acepção geral da palavra pois eu não sou um "prostituto musical" e tem determinadas coisas que eu não toco "por dinheiro nenhum nesse mundo".
É muito comum, eu estar tocando na noite, e alguem me pedir uma música que eu gentilmente digo que "não faz parte do meu repertório". Não me venha pedir para tocar nada de Luan Santana, Michel Teló, essas duplas pseudo-sertanejas (que de sertanejas mesmo não têm nada), esse "cornanejo" em geral que invadiu nossas rádios e deixou o Brasil como a cara mais "cafona" que já vi ao longo de toda minha vida. Mas voltando ao movimento, qualquer pessoa que acompanha minha carreira, dividiu palco comigo ou me conhece de perto, sabe das minhas preferências musicais. Mas eu não poderia deixar de aplaudir o gesto do Zeca Pagodinho.
O Zeca se superou, e superou em muito muita gente que arrota solidariedade nas TV's. Eu diria que ele agiu como um cidadão qualquer, que mete um chinelo no pé, encara uma rua cheia de lama pra pegar uma criança no colo que está ilhada em algum ponto do bairro alagado.
As chuvas torrenciais que costumam castigar o país (e o mundo) são consequências da agressão que o meio ambiente vem sofrendo e está só revidando. É notório que as políticas públicas não são tão eficientes quanto deveriam ser até porque, a falta de educação do povo em geral, que lota nossas ruas e avenidas de lixo, contribuem sobremaneira para que as galerias entupidas se tornem uma armadilha perigosa para dias de chuvas torrenciais. Mas isso não significa que temos que cruzar os braços e assistir de camarote a desgraça bater na porta do nosso vizinho sem dar nossa parcela de contribuição e foi exatamente isso que o Zeca fez, foi à luta. Duvido muito que algumas estrelas globais e alguns artistas que dão nojo só de olhar pra cara deles, se prestariam a esse papel. Gostam muito é de fazer pseudo-filantropia na TV posando com cara de bom mocinho (a) mas que na verdade, detestam sequer cumprimentar ou dar um autógrafo àqueles que são sua razão de ser: o público.
O artista tem de entender que sem o público ele não é nada portanto, ao público ele deve tudo. Me lembro que uma vez, o John Lennon estava passando com sua limousine em New York quando encontrou um aglomerado de gente e alguns mais exaltados, começaram a balançar seu carro. Um de seus seguranças perguntou se deveria intervir e ele disse: "deixa pra lá. Foram eles que me deram essa merda portanto, se estragarem, com o dinheiro que me pagam eu compro outro". Uma visão perfeita de quem é apenas parte do povo e dele depende.
Zeca, em nome dos habitantes de Xerém, de Duque de Caxias, do Rio de Janeiro e do Brasil, eu venho te agradecer e dizer que, se eu já era seu fã, agora eu virei fã incondicional. Quero dizer que eu adoro essa sua "irreverência", seu jeito moleque de cantar, interpretar, de lidar com seu público e seus fãs. Cara você é demais! Parabéns, Deus te abençoe e te dê muitos anos de vida e de sucesso.
Com amor
Rubens José Dias Júnior
Bom, alguém poderia me questionar: mas Rubão você não gosta de pagode... Desde que eu me entendo por gente, você é a cara do rock'n'roll. Está traindo o movimento? Eu digo que não até porque, como músico, eu tenho que escutar um pouco de tudo e em alguns casos, até mesmo tocar alguma coisa que às vezes nem gosto. Mas esse tudo claro, não é na acepção geral da palavra pois eu não sou um "prostituto musical" e tem determinadas coisas que eu não toco "por dinheiro nenhum nesse mundo".
É muito comum, eu estar tocando na noite, e alguem me pedir uma música que eu gentilmente digo que "não faz parte do meu repertório". Não me venha pedir para tocar nada de Luan Santana, Michel Teló, essas duplas pseudo-sertanejas (que de sertanejas mesmo não têm nada), esse "cornanejo" em geral que invadiu nossas rádios e deixou o Brasil como a cara mais "cafona" que já vi ao longo de toda minha vida. Mas voltando ao movimento, qualquer pessoa que acompanha minha carreira, dividiu palco comigo ou me conhece de perto, sabe das minhas preferências musicais. Mas eu não poderia deixar de aplaudir o gesto do Zeca Pagodinho.
O Zeca se superou, e superou em muito muita gente que arrota solidariedade nas TV's. Eu diria que ele agiu como um cidadão qualquer, que mete um chinelo no pé, encara uma rua cheia de lama pra pegar uma criança no colo que está ilhada em algum ponto do bairro alagado.
As chuvas torrenciais que costumam castigar o país (e o mundo) são consequências da agressão que o meio ambiente vem sofrendo e está só revidando. É notório que as políticas públicas não são tão eficientes quanto deveriam ser até porque, a falta de educação do povo em geral, que lota nossas ruas e avenidas de lixo, contribuem sobremaneira para que as galerias entupidas se tornem uma armadilha perigosa para dias de chuvas torrenciais. Mas isso não significa que temos que cruzar os braços e assistir de camarote a desgraça bater na porta do nosso vizinho sem dar nossa parcela de contribuição e foi exatamente isso que o Zeca fez, foi à luta. Duvido muito que algumas estrelas globais e alguns artistas que dão nojo só de olhar pra cara deles, se prestariam a esse papel. Gostam muito é de fazer pseudo-filantropia na TV posando com cara de bom mocinho (a) mas que na verdade, detestam sequer cumprimentar ou dar um autógrafo àqueles que são sua razão de ser: o público.
O artista tem de entender que sem o público ele não é nada portanto, ao público ele deve tudo. Me lembro que uma vez, o John Lennon estava passando com sua limousine em New York quando encontrou um aglomerado de gente e alguns mais exaltados, começaram a balançar seu carro. Um de seus seguranças perguntou se deveria intervir e ele disse: "deixa pra lá. Foram eles que me deram essa merda portanto, se estragarem, com o dinheiro que me pagam eu compro outro". Uma visão perfeita de quem é apenas parte do povo e dele depende.
Zeca, em nome dos habitantes de Xerém, de Duque de Caxias, do Rio de Janeiro e do Brasil, eu venho te agradecer e dizer que, se eu já era seu fã, agora eu virei fã incondicional. Quero dizer que eu adoro essa sua "irreverência", seu jeito moleque de cantar, interpretar, de lidar com seu público e seus fãs. Cara você é demais! Parabéns, Deus te abençoe e te dê muitos anos de vida e de sucesso.
Com amor
Rubens José Dias Júnior
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